Todos querem uma vida de qualidade, mas poucos são os que se gabam de a ter. Não digo que seja algo ao alcance de todos, seria hipócrita ao dizê-lo, mas há muitos que só não a têm porque passam a vida à sua procura, sem perceberem que já alcançaram o seu objectivo, ou que este está mesmo ali ao lado…
Pai e impotente! A sensação não é agradável, sentir impotência perante um filho doente. As crianças, e os nossos filhos em particular, são mesmo o melhor do mundo! Todos nos esforçamos por cobrir os três vértices do trinómio teimoso, sempre a querer destapar um cantinho, mesmo quando achamos que o cobertor está suficientemente esticado para tapar os três pólos (Saúde, Tempo e Dinheiro). São poucas as pessoas que se podem gabar de conseguir as três coisas em simultâneo. Tipicamente conseguimos apenas duas de cada vez, dependendo da fase da vida… Mas por mais voltas que se dê, e por mais que se tente colocar no vértice de topo outro objectivo, faltando a saúde, tudo o resto é secundário, todos os objectivos são redefinidos num ápice. Felizmente no meu caso pessoal, a falta de saúde é passageira, uma amigdalite familiar, que atingiu mãe e filhos com temperaturas de 40 graus, e que por algum motivo ou capricho, ainda não atingiu o homem da casa. Talvez por já não possuir amígdalas, o que pode não ser motivo suficiente, pois a garganta continua disponível para fraquejar, e oportunidades não lhe faltam graças ao convívio familiar. Apesar de ser algo que me preocupa frequentemente, é nestas alturas que mais penso naqueles cujas doenças (infelizmente) não são tão passageiras, ou mesmo, naqueles que nem sabem qual a doença em causa, nem o melhor modo como a combater. Todos os que só têm um binómio para procurar os pólos, que lhes falta o vértice principal. Acima de tudo, penso nos pais das crianças nessa situação, pois não queria estar na pele deles nem por nada. Mais uma vez os ditos populares sabem o que dizem, pois a saúde é um bem precioso, não tem preço e é riqueza, mas também da boca do povo ouvimos dizer mais vale rico e com saúde do que pobre e doente…
Andei anos rodeado de “qualidade”, é o meu trabalho, o de garantir a qualidade em bases de dados de empresas. No entanto, também eu procurava ter mais qualidade de vida. Um dia pensei, vou conseguir! Foi uma decisão difícil, mas agora que a concretizei, não me arrependo. Sigo a minha própria crença: quando faço, faço bem feito. Daí a qualidade, a qualidade que me apareceu na vida sob a forma de trabalho e a qualidade de vida que tenho a sorte de ter neste momento! Tenho três filhos e quero acompanhar o mais possível do seu crescimento. Talvez por isso tenha procurado o caminho certo, o caminho da felicidade, que tanto se ouve falar como algo hipotético. Pensem nisso, cada um só tem de encontrar o seu caminho, e fazer com que cada dia não seja apenas mais um dia…
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